[aha] Resistenza quilombola: non c'e' liberta' tecnologica senza la terra.

Vincenzo Tozzi befree a email.it
Mer 16 Maggio 2012 00:30:17 CEST


Salve,

mi scuso subito per la lunghezza della mail :)

Sono Vince della Casa de Cultura Taina, nucleo fondatore della Rete
Mocambos, rete di comunita quilombola, comunita' di resistenza
afrodiscendenti brasiliane che usano e sviluppano tecnologie libere per
la propria struttura di comunicazione.

Questo e' il portale della rete: http://www.mocambos.net

In questo momento il Brasile, nuova potenza economica mondiale, percorre
un modello di sviluppo non sostenibile distruggendo le risorse naturali
e le popolazioni indigene, quilombola e altre comunita' e culture locali.

Un fronte politico legato agli interessi dei grandi "fazendeiros" ha
lanciato una pericolosissima offensiva contro il diritto alla terra
sancito dell'articolo 68 della costituzione brasiliana:

"Ai discendenti delle comunità quilombola che stiano occupando le loro
terre e' riconosciuta la proprieta' definitiva, dovendo lo Stato
emettere i rispettivi titoli."

Il Presidente del Supremo Tribunale Federale, STF, sta promuovendo
l'approvazione della richiesta di incostituzionalita' del decreto di
attuazione 4.887/03 (ADI 3.239).

Per aderire alla campagna #quilombosim! fate pervenire la vostra
opinione ai giudici dell'STF:

Ministro Celso de Mello - Mcelso a stf.jus.br e Piazzi a stf.jus.br
Ministro Marco Aurélio - Mmarco a stf.jus.br e Edinezer a stf.jus.br
Ministro Cezar Peluso - Macpeluso a stf.jus.br e mpetcov a stf.jus.br
Ministro Ayres Britto - Sergio.mendes a stf.jus.br
Ministro Luiz Fux - gabineteluizfux a stf.jus.br
Ministro Dias Toffoli - gabmtoffoli a stf.jus.br
Ministro Gilmar Mendes - audiênciasgilmarmendes a stf.jus.br
Ministro Joaquim Barbosa - gabminjoaquim a stf.jus.br
Ministra Cármen Lúcia - audienciacarmen a stf.jus.br
Ministra Rosa Weber - Audiências-minrosaweber a stf.jus.br
Ministro Ricardo Lewandowski - atendimentogablewandowski a stf.jus.br


Seguone delle lettere di esempio in varie lingue.

Exma. Senhor(a) Ministro(a),

A ___________________________, preocupada com a defesa dos direitos
humanos, vem, por meio desta, manifestar-se sobre Ação Direta de
Inconstitucionalidade contrária ao Decreto 4887/2003, que regulamenta a
demarcação e titulação das terras quilombolas, pelo STF.

Na Quarta-feira (18 de abril) foi iniciado o julgamento pela Suprema
Corte da ação que julgará a Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI
3239, contrária ao Decreto 4887/2003, que regulamenta a demarcação e
titulação das terras quilombolas. A ação será decisiva para a luta por
efetivação de direitos baseados em princípios justiça, social, histórica
e cultural.

No ano de 2004, exatamente há 8 anos atrás, o partido Democratas (DEM)
moveu uma ação contra as comunidades quilombolas, ao alegar que o
Decreto Federal 4887/2003, assinado pelo ex-presidente Lula, que
regulamentou o processo de titulação das terras dos remanescentes das
comunidades de quilombos, era inconstitucional. Hoje, juntamente com a
bancada ruralista, o partido pretende a qualquer custo aprovar a Ação
Direta de Inconstitucionalidade – ADI 3239.

As comunidades quilombolas são grupos étnicos, predominantemente
constituídos pela população negra rural ou urbana, que se auto definem a
partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a
ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica
sofrida, as tradições e práticas culturais próprias. É patrimônio vivo
da nossa história e cultura do povo brasileiro e deve ser resguardado.

As comunidades quilombolas vêm lutando incansavelmente pela efetivação
de seus direitos, reconhecidos e assegurados pela Constituição de 1988,
como direito à demarcação e titulação das terras quilombolas e assim
direito à terra, e mais que isso, ao espaço em que possam exercer a sua
cultura, plantar, colher, pois mais que um bem econômico a terra é
memória, é autonomia, é identidade!

Ao decidir pelo direito dos Quilombolas, o STF estará fazendo o jus ao
reconhecimento dos direitos inerentes a esses grupos étnicos de cultura
e identidades próprias, ligados a um passado de luta, opressão e
resistência. Só assim poderemos caminhar na direção dos Direitos
Humanos, promovendo uma concepção de uma sociedade pluralista e pautada
pela igualdade, e assim daremos mais um passo para construção de uma
sociedade na qual a diversidade e o pluralismo são peças chaves para a
justiça, a liberdade e a solidariedade.

Após o voto do Relator Min. Peluzo no dia 18 de Abril pela
inconstitucionalidade do Decreto, a Min. Rosa Weber retirou o processo
do julgamento em face da complexidade do tema, de toda sorte, o processo
já retornou para a presidência do STF no dia 24 de abril, podendo entrar
em pauta para continuidade do julgamento a qualquer momento, neste
sentido, preocupados com os próximos votos dos Ministros/as do STF e com
a certeza de que não haverá retrocesso nos direitos das comunidades
quilombolas, solicitamos seu voto pela constitucionalidade do Decreto
4.887/03 em sua íntegra.

Atenciosamente,

_____________________________________



En español

Señor(a) Ministro(a),

La organización XXX preocupada con la defensa de los derechos humanos
….. viene por esta carta demonstrar nuestra oposición a la Acción
Directa de Inconstitucionalidad 3239 (ADI 3239) contra el Decreto
Federal 4887/03, que regula el procedimiento de demarcación y titulación
de los territorios de comunidades tradicionales quilombolas.

En la Quarta-feira (18 de abril) fue iniciado el juicio por la Suprema
Corte de la acción que juzgará la Acción Directa de Inconstitucionalidad
– ADI 3239, contrária al Decreto 4887/2003, que regulamenta la
demarcación y titulación de las tierras quilombolas. La acción será
decisiva para la lucha por la efetivación de los derechos fundamentados
en los princípios de la justicia social, histórica y cultural.

En el año de 2004, el Partido Democratas (DEM) presentó ante el Supremo
Tribunal Federal la ADI 3239. Hoy, junto con sectores rurales
conservadores, el DEM busca la declaración de inconstitucionalidad del
decreto. Tomamos conocimiento que en el día 18 de abril del 2012 el
Supremo Tribunal Federal inició la votación de la ADI 3239. Sabemos que
el resultado del juicio sera decisivo para la efectivación de los
derechos humanos, de la justicia social y para la preservación de la
historia y cultura de los quilombolas, realmente importantes para
nuestra historia.

Las comunidades quilombolas son grupos étnicos (culturalmente distintos)
predominantemente constituidos por poblaciones negras rurales. Ellos se
definen por sus particularidades culturales relacionadas con la tierra,
por su ancestralidad negra y, en especial, por sus conexiones con la
resistencia histórica a la esclavitud. Mas de dos mil comunidades de
quilombos están dispersas por el territorio brasileño. Estas comunidades
continúan vivas luchando por sus derechos, en especial por el derecho
constitucional de titulación de sus tierras.

Desde hace mucho tiempo las comunidades quilombolas luchan por la
efectivación de sus derechos a la tierra, reconocidos en la Constitución
Brasileña de 1988. La efectivación del derecho a la tierra está
relacionada con la propria manutención de la existencia de esas
comunidades, dada la relación que sus culturas tienen con esos espacios
tradicionales de vida. La tierra, para los quilombolas, tiene una
importancia para más allá de cuestiones económicas, es elemento
primordial de memoria, de autonomía y de identidad.

Decidiendo el Supremo tribunal Federal por la manutención de los
derechos de las comunidades quilombolas, estará haciendo justicia con la
historia de lucha por derechos de los quilombolas. Solo garantiendo los
derechos de los quilombolas se afirmará el respeto a una sociedad plural
e guiada por la equidad, donde sea posible construir una sociedad en la
cual la diversidad e el pluralismo son claves para la justicia, la
libertad y la solidariedad.

Después del voto del Relator Ministro Peluzo en el dia 18 de abril por
la inconstitucionalidad del Decreto, la Ministra Rosa Weber retiro el
proceso de juicio por la complexidad del tema, pero el proceso ya
retorno a la presidencia del STF. Así que se puede juzgarlo a cualquier
momento. En consecuencia, preocupados por los próximos votos de los
Ministros y Ministras y com la certidumbre de que no haberá retroceso en
los derechos de las comunidades quilombolas, solicitamos su voto por la
constitucionalidad del Decreto 4.887/2003 en su totalidad.

Atentamente,

_____________________________________



In English

The Organization XXX, worried with the defense of human rights, through
this letter, come to demonstrate our opposition referring to the Direct
Acion of Unconstitutionality against to the Federal Decree 4887/2003,
according to regulations of the demarcation and the entitling of the
quilombolas lands, by the STF.

On Wednesday (April 18, 2012) started the voting by the Supreme Court of
the Direct Action of Unconstitutionality – ADI 3239, against the Decree
4887/2003, regulating the demarcation and the entitling of the
quilombolas. The action will be decisive in the struggle for
effectuation of rights based on crucial principles, on sociopolitical
justice, and in the preservation of the history and the culture of this
people, really important for our history.

In 2004, exactly eight years ago, the Democratic Party (called DEM), put
in motion an action against the quilombolas communities, asserting that
the Decree 4887/2003, signed by the previous president, Luis Inacio Lula
da Silva, which regulated the process of quilombola afro descendant
rural communities land titling, was unconstitutional. Today, together
with reactionary people in the rural sector, the Party really intends,
at any cost, to approve the Direct Action of unconstitutionality – ADI 3239.

The quilombolas communities are ethnic groups (culturally distinct),
predominantly constituted for the black rural population, and they
define themselves from the relationships with the territory, kinship,
black ancestry, replete and connected with the resistance to the
historical oppression that they suffer, as the traditions and the
cultural practices belonging of this people. We have a patrimonial
alive, and we have the obligation to preserve the Brazilians history and
culture. It is indispensable.

The quilombolas communities have been struggling tirelessly for the
effectuation of their rights, recognized and insured for the Federal
Constitution of 1988, as the right to quilombola’s land demarcation and
titling and in this way, guarantee the right to land, more than that,
whatever, to the space where they can be able to put into practice their
culture – freely – planting, harvesting, and others things. And try to
remember: the land, moreover than importance for the economics scenery,
is the reflection of the memory, the autonomy and the identity!

Deciding for the right of Quilombolas, the STF will be doing justice to
the recognition of the rights attaching to such cultural and ethnic
identities of their own, linked to a history of struggle, oppression and
resistance. Only then can we move toward human rights promoting a
concept of a pluralistic society and guided by equality, and then give a
further step towards building a society in which diversity and pluralism
are the key for justice, solidarity and freedom.

After the Rapporteur Minister Peluso vote taking the Decree as
unconstitutional, on April 18, the Minister Rosa Weber requested further
analysis on the complexity of the case and returned to the presidency on
April 24, allowing the trial at any time to be incorporated.

The international community watches closely what the next vote in the
Supreme Court, certain that the rights of the Quilombolas in Brazil will
not suffer setbacks.

Sincerely,

_____________________________________



Grazie per l'attenzione e scusate ancora per la lunghezza della mail.

Abraço,
Vince


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